Não existem dúvidas quanto à importância de um bom relacionamento no ambiente escolar para que crianças e adolescentes possam desenvolver suas potencialidades e ampliar seus conhecimentos.
Na contramão desta certeza o que temos presenciado é a prática de Bullying crescer entre estudantes no dia a dia das instituições de ensino, tanto públicas quanto privadas. Na mesma direção muitas escolas têm enfrentado esta questão sem um olhar de prioridade, interpretando casos de Bullying como se fossem casos de “violência na escola” ou “brincadeiras de mau gosto”, às vezes mesmo desconsiderando a gravidade deste fenômeno.
Embora nos últimos anos este tema tenha ganhado visibilidade e sido objeto de muitas reflexões por parte do governo e da sociedade civil, não se pode dizer que exista uma política clara de combate a tal prática, ficando quase sempre a critério de cada escola a forma de abordar e encontrar solução para os casos que se apresentam. Sem registros e sistematização tudo que se faz não passa de um paliativo. Assim sendo os resultados obtidos nesta luta quando muito minimizam os problemas ocorridos, mas não nos indica um caminho seguro para enfrentar o problema.
Ainda é muito tímida a interatividade entre gestores, professores, funcionários, alunos, pais e atores sociais no diálogo em torno da questão. E esta “timidez” tem impedido que ocorra a sinergia necessária para irmos adiante.
Desta forma, se consideramos que os relacionamentos interpessoais positivos e o desenvolvimento acadêmico estabelecem uma relação direta com a possibilidade de alcançar um melhor nível de aprendizado, fica clara a necessidade de repensar nossos conceitos sobre a maneira de abordar esta questão.
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